quinta-feira, janeiro 11, 2007

Entupido, Mucoso Surdo. De visão vidrada, baça.
Do nariz sons garrafais. Gozados, enrolados. Sem melodia.
Uma pasta invadiu a minha cabeça, apoderou-se dos meus sentidos. Agora evade-se por todos os locais próprios e impróprios. Nem pede licença. O nariz derrete que nem "icebergs" nas calotas polares. A garganta, miserável local onde não ha lei nem ordem. A língua apaladar perdeu o controlo. A garganta não entende. Invadiu? Agora transforma-se e evade-se? Não aguenta. Sofre o pulmão, o estômago. Sofre todo o aparelho. E no topo o cérebro não sei se ri se somente se limita a observar a degradação do seu império. Tal qual Nero.
Lanzeira, o meu Eu.
Muco que resiste. Cego pelo ímpeto rastejo pelo viscoso.
As lágrimas caem acompanhando a tosse. São lagrimas de não sei quê. Não estou a chorar.
A pele eriçasse sinto-a a crepitar nas costas.
A mãos amolecem, os dedos curvam-se. Não sei mais que fazer.
Vou ficar quieto, na espera de te cansar. De te saturar. Vais sair e depois não vais voltar. Pelo menos tão cedo. Muco.

2 Comments:

Blogger Dinis Lapa said...

Quando a cabeça não tem juízo... ou a alma.

7:10 da tarde  
Blogger joe.disco said...

É a festa da neeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeveeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!

3:17 da tarde  

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