
Onde deixei os dedos? Por favor. Não gosto dessas brincadeiras logo pela manhã. Tenho que me lavar, vestir, tenho que me por a andar para a história de mais um dia.
DEDOS. DEDOS.
Podem aparecer. Sem medo. Não há castigo. Voltem à santa casa das minhas mãos que sem se parecerem não deixavam de o ser.
Subitamente ouvi algo. Algo metálico. Um tilintar. Vinha de dentro de uma caixa que guardo estupidamente e com desprezo em cima de um móvel no quarto.
Lá estavam eles. Em festa, embriagados com os anéis que não uso. Nem deram pela minha presença.
Deixei-me ficar ali, só, a observar. Só a tentar perceber o porquê da fuga.
Será pela vontade de luxuria? Será que saturaram do que escrevo? Magoaram-se num movimento qualquer ou não querem sentir mais os dedos de alguém que me acompanha?
Dei folga aos dedos hoje. Menos a um. A um que nunca me abandona. O dedo que me ampara, que me consola, que me limpa. O dedo do Nariz.
4 Comments:
Estás lixado! É que podiam ter-se ido os anéis, mas terem ficado os dedos. Ora, tu ficaste sem as duas coisas, é caso para te desejar que não fiques sem mais nada! :)
Essa foto do Zappa é excelente, ando a invejá-la desde que a vi numa assinatura do FSons.
Ao menos esse sabia sempre onde tinha os dedos =)
Exacto ... Alegria , mas ficou sem entender o porquê de falarem com ela como que se ela fosse um bébé, já antes tinha ficado aborrecida quando ao desfilar toda a gente se ria ...
A alegria maior é minha, porque me pede para ouvir outras coisas , em inglês e depois diz ... ó madrinha, mas o que é que isso quer dizer :)
quanto aos dedos .... bem
deixa-os andar :)
Ai a Dona Palma...
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