Acordei sem dedos hoje. Onde estão os dedos? Perguntei eu ao que de mão não se parecia mas que desprovida de, não deixava de o ser. Incompletas. Onde estão os dedos? Procurei nos lençóis, debaixo da almofada. No sexo do amor. Na minha boca, no lixo na carteira até mesmo na caixa do correio.
Onde deixei os dedos? Por favor. Não gosto dessas brincadeiras logo pela manhã. Tenho que me lavar, vestir, tenho que me por a andar para a história de mais um dia.
DEDOS. DEDOS.
Podem aparecer. Sem medo. Não há castigo. Voltem à santa casa das minhas mãos que sem se parecerem não deixavam de o ser.
Subitamente ouvi algo. Algo metálico. Um tilintar. Vinha de dentro de uma caixa que guardo estupidamente e com desprezo em cima de um móvel no quarto.
Lá estavam eles. Em festa, embriagados com os anéis que não uso. Nem deram pela minha presença.
Deixei-me ficar ali, só, a observar. Só a tentar perceber o porquê da fuga.
Será pela vontade de luxuria? Será que saturaram do que escrevo? Magoaram-se num movimento qualquer ou não querem sentir mais os dedos de alguém que me acompanha?
Dei folga aos dedos hoje. Menos a um. A um que nunca me abandona. O dedo que me ampara, que me consola, que me limpa. O dedo do Nariz.
Onde deixei os dedos? Por favor. Não gosto dessas brincadeiras logo pela manhã. Tenho que me lavar, vestir, tenho que me por a andar para a história de mais um dia.
DEDOS. DEDOS.
Podem aparecer. Sem medo. Não há castigo. Voltem à santa casa das minhas mãos que sem se parecerem não deixavam de o ser.
Subitamente ouvi algo. Algo metálico. Um tilintar. Vinha de dentro de uma caixa que guardo estupidamente e com desprezo em cima de um móvel no quarto.
Lá estavam eles. Em festa, embriagados com os anéis que não uso. Nem deram pela minha presença.
Deixei-me ficar ali, só, a observar. Só a tentar perceber o porquê da fuga.
Será pela vontade de luxuria? Será que saturaram do que escrevo? Magoaram-se num movimento qualquer ou não querem sentir mais os dedos de alguém que me acompanha?
Dei folga aos dedos hoje. Menos a um. A um que nunca me abandona. O dedo que me ampara, que me consola, que me limpa. O dedo do Nariz.
4 Comments:
Estás lixado! É que podiam ter-se ido os anéis, mas terem ficado os dedos. Ora, tu ficaste sem as duas coisas, é caso para te desejar que não fiques sem mais nada! :)
Essa foto do Zappa é excelente, ando a invejá-la desde que a vi numa assinatura do FSons.
Ao menos esse sabia sempre onde tinha os dedos =)
Exacto ... Alegria , mas ficou sem entender o porquê de falarem com ela como que se ela fosse um bébé, já antes tinha ficado aborrecida quando ao desfilar toda a gente se ria ...
A alegria maior é minha, porque me pede para ouvir outras coisas , em inglês e depois diz ... ó madrinha, mas o que é que isso quer dizer :)
quanto aos dedos .... bem
deixa-os andar :)
Ai a Dona Palma...
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