sexta-feira, outubro 27, 2006

Corrente. Tudo se constrói em corrente. Espiral infinita. Cíclico.
Não se tocam as linhas, aproximam-se. Namoram mas não se consomem.
Masturba-se o tempo. Não se repete. Não se toca. Aproxima-se. Toca-se a si mesmo.
Mas o tempo é corrente plural. União. Boca com sexo, sexo de boca e boca no sexo.
Prazer. A ânsia de prazer. A demanda do bom, de bem de mais. Sexo, amor, vontade de sentir o corpo. De sentir que Sim estamos Estou Vivo.
Só, só Eu, solitário não me convenço. Perdido no oceano. Eu o único no mar. Na onda que se aproxima. Na agua turva que me proporciona as mais belas imagens de nudez. De coisas que nunca vou ver Nu.
Nado sozinho por um momento, a onda chega, rebenta na praia. A areia volta ao mar. E o ciclo continua.

Amordaçado. Mais um dia. Desta vez a dois, trocamos os lábios pelo sexo. Afinal carinho é processo. E o processo é amor. E o amor desenha-se nos lábios, no forte erecto. Troca-se o processo. Só os lábios. O carinho é o mesmo. Amor de processos diferentes, mas amor. Sempre amor. Sempre diferente, tão idêntico. Amor de toque. De tocar.
Queira a vontade criar amor e o processo é infinito.

2 Comments:

Blogger Dinis Lapa said...

e no 7º dia ele disse:"amai-vos e fodei-vos!"

3:31 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

romantizasse o sexo
ou sexualizasse o romance

???????????????????????

5:27 da tarde  

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