segunda-feira, fevereiro 06, 2006


Cada cigarro que fumo, é menos um cigarro que fica. Cada cigarro que consumo, são uns magros minutos que passam e uns milhares de pensamentos solitarios que se avivam. Fumar Mata, Fumar provoca impotência. Mas ocupa espaço. Ocupa tempo. Afinal de contas, nos ocupamos espaço, evoluimos com o tempo.
A historia num cigarro. Cresce, transforma-se entra no feto embalado. Novo se consome, fuma-se esfuma-se e morre.
Depois voltamos ao mesmo, à monotonia de mãos vazias. Vou ao WC, urino, tenho-o nas mãos. Sensação de posse e de poder. Mais logo fumo mais um. Mais espaço, mais tempo.
Depois da refeição, satisfeito, cheio, fumo, mais um, WC Posse Poder. Clono um cigarro, adiciono. Tabaco macaco. Transformas-me num ZOO. Quero-te deixar mas não te quero magoar. Afinal ja andamos juntos à muitos anos. Fazes parte de mim e nao me imagino já sem ti. És corpo do meu corpo amarelo dos meus dedos.
O fumo embaciador de realidade é tão claro como o escuro, como o mal que me fazes, mas Jesus fumava, e uma boa marca ainda sem impostos e a um preço que não convidava ao contrabando.
Afinal de contas que saúde defende o governo? A dos fumadores ou a saúde da economia?