segunda-feira, novembro 27, 2006
quinta-feira, novembro 23, 2006

As mãos procuram os bolsos, as pernas inquietas e o pés numa roda viva que não param.
Pensar no que se diz. No meu caso dá em gaguez. Gaguejar mental.
Horrível ambiente interior.
Expresso-me mal, o suor entope as artérias. As vias de

comunicação desabam.
Gago que nem disco riscado.
Preciso de um gira discos novo. Uma agulha decente para por este disco a tocar limpinho.
Sinto-me sempre assim e detesto. Depois de solto preciso de trela. Por vezes de uma jaula. Sou tão preso em mim que ambiciono ser tão livre que me remeto ao ostracismo a priori.
Gaguejo depois mais uma vez.
Já tenho o Gira Discos montado. Falta ligar à corrente.
Nesse dia vou de azul. Não tenho nada dessa cor. Só a ganga justa que me caracteriza da mania do rock´n´roll. Sou assim, mas não assim sempre. Sou um bicho acabado de sair do casulo. Preciso sempre de me envolver, de perceber. Esta defesa interior que só me prejudica. O tempo é o meu mestre. Ok. Mas muda de disco Camarada.
Não apontes o nariz para o chão e não olhes acima das tuas pestanas. Olha nos olhos e ganha olhares. Não os interpretes logo. Aí podes e deves gaguejar.

Falo comigo, já estava a dar-me opiniões. És tu. Tu que não tão pouco sou Eu que me faço no outro que Eu não quero seguir que és Tu.
Confusão, a minha cabeça está longe, as mãos por perto, e os olhos em ti. Não tiro os meus olhos de ti. E tu longe, ou perto. Nem sei de onde és. Mas agora não interessa. Afinal, o tempo é meu aliado. E Tu, não mais que o Eu acorrentado tens os dias contados. Beijos ameaçadores é o que Eu te desejo para o tirano sacana de mim mesmo.
terça-feira, novembro 21, 2006

Quando dei por mim abandonado por Mim Mesmo pensei o pior da minha pessoa.
Esse criminoso que me abandona. Tu. Sim Eu. Pregado na cruz observava-me. A sofrer. Sem necessidade aparente. Só com a angustia de não ser ainda o Eu que Tu me fazes crer.
O piano toca como um instrumento de sopro, sofro. O Mundo opôs-se. A luta. A crença. A vontade. Libertino, tu que te observas na cruz. Mexe-te. Nós somos um só. Liberta-te. O TEU SATORI ÉS TU E O RESTO. E o resto não é zero. O resto é tudo, és tu e tu, tu só um não dois. Deixa esse complexo liberta-te. Será vantajoso para ti. Transforma a cruz em jangada. Não carregues o peso da indiferença. Navega. Apreciação critica senhor. Julga e faz julgar.
Aqui dá-se o oposto. Tudo é culpado até se provar a inocência.
A purga. A suspensão indagatória de juízo. Aprofunda.
Navega, estica os braços para o alto, toca no infinito, os olhos deslocam-se da cara à ponta dos dedos, o coração ocupa o terreno infinito do corpo. Os dedos rodopiam, e os olhos contemplam as evidências por demais escondidas mesmo debaixo do nosso semblante carregado ou do sorriso bizarro.
As lágrimas são sorrisos. O teu eu uno, a luz, o teu SATORI.
O resultado final da equação Vida. O resultado.
Satori. Não te esqueças Eu, procura o Satori.
E quando o atingires já não ha saida. Uma vez resolvida a equação para sempre luz. Para sempre.
Agora luta, comunica, procura, dá-te. Responde e ouve. Ouve e observa. A maior cegueira não é ver. Mas negar. Negar sem indagar, sem purgar, sem contemplar sem avaliar. O jogo do a priori e a posteriori.
Em comunidade, em Harmonia, não te esqueças Eu. Procura o teu Satori.
quinta-feira, novembro 16, 2006

Camarada Jesus
O passeio dos olhos às suas letras e o vosso entendimento são motivos de clímax em Zastrazpaznotwar.
Amo tudo sem excepção. O amor é combustível. Motor. E amor não é paixão. Amor é viver. Amor é vontade, inquietação e expectativa. Amor é disponibilidade. Amor é acreditar, querer, ambicionar.
Amor é sorrir ao acordar e sonhar a sorrir.
Amo os teus olhos. Esses mesmos que me lêem. Amo. Para sempre.
Um ano de amor. Para uma vida de amores.
Obrigado
quarta-feira, novembro 15, 2006

Onde deixei os dedos? Por favor. Não gosto dessas brincadeiras logo pela manhã. Tenho que me lavar, vestir, tenho que me por a andar para a história de mais um dia.
DEDOS. DEDOS.
Podem aparecer. Sem medo. Não há castigo. Voltem à santa casa das minhas mãos que sem se parecerem não deixavam de o ser.
Subitamente ouvi algo. Algo metálico. Um tilintar. Vinha de dentro de uma caixa que guardo estupidamente e com desprezo em cima de um móvel no quarto.
Lá estavam eles. Em festa, embriagados com os anéis que não uso. Nem deram pela minha presença.
Deixei-me ficar ali, só, a observar. Só a tentar perceber o porquê da fuga.
Será pela vontade de luxuria? Será que saturaram do que escrevo? Magoaram-se num movimento qualquer ou não querem sentir mais os dedos de alguém que me acompanha?
Dei folga aos dedos hoje. Menos a um. A um que nunca me abandona. O dedo que me ampara, que me consola, que me limpa. O dedo do Nariz.
sexta-feira, novembro 10, 2006
quarta-feira, novembro 08, 2006

Envolvidos, embutido em nós. Sumo do meu suor, calor do teu corpo. Sem medo. Só amor. Livre. Amor livre. Só a inveja amedronta. Os presos, os amarrados que nos esmagam com o complexo que os move. Com a dor de não ser o que nós não podemos ser. Porque há amor. Em nós ha amor.


Amor é liberdade. Não se conquista, não se pede. É natural.
ZAS
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segunda-feira, novembro 06, 2006

AH! QUEREM uma luz melhor que
a do Sol!
Querem prados mais verdes do que estes!
Querem flores mais belas do que estas
que vejo!
A mim este Sol, estes prados, estas flores contentam-me.
Mas, se acaso me descontentam,
O que quero é um sol mais sol
que o Sol,
O que quero é prados mais prados
que estes prados,
O que quero é flores mais estas flores
que estas flores -
Tudo mais ideal do que é do mesmo modo e da mesma maneira!
quinta-feira, novembro 02, 2006
vulgo | s. m.
vulgo
do Lat. vulgu
s. m., a classe do povo;
a plebe;
a maioria das pessoas.

Vulgo, Vulva. Animal escondido. De cobiça.
Idêntico. Muito idêntico. Semelhante.
Consome. Come. Esconde-se.
Brilhante sentido. Visão escassa.
Sabor perfeito. Musica genial.
Mel, mel vinho e outros doces.
Tapada, roupa ou terra.
Material proibido.
Porquê?
Vulgo, Vulva. Imagino.
vulgo
do Lat. vulgu
s. m., a classe do povo;
a plebe;
a maioria das pessoas.

Vulgo, Vulva. Animal escondido. De cobiça.
Idêntico. Muito idêntico. Semelhante.
Consome. Come. Esconde-se.
Brilhante sentido. Visão escassa.
Sabor perfeito. Musica genial.
Mel, mel vinho e outros doces.
Tapada, roupa ou terra.
Material proibido.
Porquê?
Vulgo, Vulva. Imagino.